Para se enxergar, é preciso ir adiante ...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

PALAVRA

Vivendo à beira de um discurso indireto
Politicamente incoerente, porém correto,
Minha manobra é essa: me agarro às bordas dele, e sigo.
[narra-dor, observa-dor, conta-dor, engana-dor, sonha-dor ]
Descontinuo um enredo nada linear em busca da graça, des...
Da lógica que há na lógica ( não numa ordem cronológica).
Descubro, disfarço, esquivo, fujo, mas me encontro.
Sou personagem de vozes que me organizam e me desconstroem.
Protagonizo a agonia de querer, ter, ser, haver.
Sou peça inteira de uma vida ainda, metade.
Não me permito ser verbo con-julgado no passado
Meu tempo é o agora, ou daqui um instante...
O que me fascina é descobrir a vida, almejando o que virá.
Não quero reviver a deselegância do que um dia "fui" ou "deixei" de ser.
Nem desejo antecipar a expectativa do aplauso.
Uma força me arrasta pra dentro de um roteiro com meio e, talvez fim...minha força será a continuidade ilógica, e também o que me levará sempre ao encontro de mim mesmo e de todas as outras coisas.
Rascunho uma vírgula na minha estória...sou o ensaio entre o lápis e o papel.
me descubro palavra, livre nas entre-linhas ...
... respiro apenas, e vou!

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