Para se enxergar, é preciso ir adiante ...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

HÁ de HAVER

Há dor,
no hoje do ontem do meu relógio sem lógica.
a dor aflora todo vício de um peito vagabundo
desponta em maltrapilho andar, passos bêbados,
contagem agressiva de quem finge partir em paz...
apenas vai, e vem, revoltas ondas de um mal ...
bem te olho, aqui de dentro
meu corpo, nosso quintal.

Há grado,
na cara quase limpa, pouco disfarce... pobre pierrô.
agrado, nascente de um rir sem falsas ilusões
máscaras pintadas por nossas cores, tão primárias.

suspiro primeiro do traço em giz
no raso dos olhos de um quem
outrora alvo, de certeiro riso
agora espelho terceiro, de tantos alguéns.


Há risco
na certeza do talvez engano.
arrisco, busco abrigo no colo de uma quase rocha.
digerindo o viver, copo meio cheio de deboche,
porre de exatos goles, em tantos arlequins, tão metade.
floresça em dança sobre o peso do andor, desabrocha.

Reféns, os ouvidos disparam em golpes:
desapega dos detalhes, mero vão de todas as coisas;
vê... nem toda farpa é lasca que fere;
sê... o inteiro da fração dos segundos em certas horas;
crê... na força da leveza, não no fardo;
o perigo é você... reflexo de todo pecado.
( há tudo em nós, e tanto em nada )
 
 

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